segunda-feira, 19 de dezembro de 2016

Inflação e juros poderão ser reduzidos em 2017

De acordo com o Relatório Focus, publicado pelo Banco Central do Brasil, a inflação nacional deverá diminuir em 2017 - o comportamento deverá seguir o padrão observado no fim deste ano. Analistas apontam como as principais causas para a desaceleração no aumento dos preços a já grave situação da economia, com redução do consumo, e as políticas de controle de gastos e endividamento colocadas em prática pelo governo. Conforme o portal IG, o crescimento da economia brasileira, no próximo ano, deve ser pouco superior a 0,5% - dado melhor do que o de retração, observado em 2016.

O relativo controle da inflação, agora em patamares considerados metas do governo, permitirá a redução da taxa de juros, no ano que vem - os juros representam o "preço do dinheiro", ou a remuneração conferida a instituições que fazem empréstimos. O valor da taxa tende a ser maior em situações de desestabilização da economia, quando investidores consideram que investir em um determinado mercado pode ser uma escolha arriscada - como no caso do Brasil, que foi rebaixado recentemente nas avaliações de diversas agências que mensuram o risco de crédito de grandes economias. A taxa Selic, em 2017, deverá cair para 10,5%, o que sinaliza maior confiança para investidores no mercado nacional.

Para o governo, a melhora dos indicadores deve exigir o estímulo ao crédito, para que ocorra um novo aquecimento da atividade econômica. A administração deverá, nos próximos meses, tomar mais medidas com o objetivo de impulsionar o consumo, que foi, ao longo da última década, um dos principais motores do crescimento brasileiro. O maior crédito favorece a produção, que, no momento, é uma das prioridades nacionais, tendo em vista que a indústria brasileira sofreu de forma importante ao longo da crise.

Apesar da melhora nas expectativas, o governo brasileiro continua lutando contra a crise do endividamento, que aflige severamente estados como o Rio de Janeiro, Minas Gerais e o Rio Grande do Sul. Nos próximos meses, a atual administração deverá implementar punições contra gestores que não façam boa gestão dos recursos públicos - a diretriz também tem o obetivo de atrair investidores para o mercado brasileiro, através da maior confiança.

Mais sobre o tema - reportagem da rádio Jovem Pan sobre a melhora nas expectativas sobre a inflação:


terça-feira, 13 de dezembro de 2016

Disney espera menos lucro para novo "Star Wars"

A gigante do entretenimento norte-americana proprietária da franquia Star Wars espera lucros menores para o novo filme da saga - de acordo com o site de notícias The Verge, a sequência Star Wars - Rogue One deverá ter desempenho muito menos impressionante do que The Force Awakens. O último filme conseguiu grande público e resenhas favoráveis, mas o novo título já sofreu críticas severas em decorrência da profusão de películas lançadas, em um tempo relativamente pequena, pela Disney.

O site The Verge informa que a Disney considerou "The Force Awakens um sucesso que impressionou favoravelmente a audiência e um fenômeno cultural. A empresa não espera repetir o feito com o mais recente lançamento". Bob Iger, CEO da Disney, disse: "não esperamos que Rogue One alcance o mesmo nível de sucesso que The Force Awakens, mas o interesse do público na franquia continua alto", o que revelaria que a iniciativa deverá trazer bons resultados. O veículo de comunicação também informa que modificações foram feitas na película, que podem amenizar o tom da narrativa, para que o lançamento se adeque à visão da Disney sobre a série.

Conforme o editorial do portal, uma "união de fatos positivos" permitiu que Star Wars: The Force Awakens fizesse grande sucesso, tornando-se o filme de maior sucesso de bilheteria da História dos Estados Unidos - apesar da diferença de proporções, o novo filme poderá ter sucesso, graças ao retorno de um dos personagens mais clássicos da saga, o vilão Darth Vader. No filme anterior, conforme o veículo de comunicação, a presença do ator Harrisson Ford foi considerada uma grande vantagem, que atraiu parte do público que admirava os primeiros filmes da narrativa.

Star Wars - Rogue One será um offshoot da saga principal, sobre Anakin e Luke Skywalker. O novo filme abordará aventuras de uma personagem à parte, ainda durante os eventos dos três primeiros filmes lançados por George Lucas. A Disney, detendora dos direitos para a produção da saga, deverá lançar novos filmes da franquia nos próximos anos.

Mais sobre Star Wars - trailer oficial de Rogue One:

segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

Venezuela imprime nota de 20.000 bolívares

Conforme informação publicada pela agência de notícias norte-americana CNN, o governo da Venezuela passou a imprimir notas de 20.000 bolívares, em decorrência da grave inflação que afeta a economia do país. A Venezuela passa por uma crise econômica severa, estimulada pelas medidas de controle na produção estabelecidas pelo governo e por aumentos descontrolados nos gastos públicos. A nação possui a economia considerada a mais instável da América Latina.

De acordo com a CNN, o governo socialista "passou a imprimir notas de 20.000 bolívares depois que a hiperinflação transformou o papel-moeda corrente em 'notas sem valor'. O fenômeno da inflação extrema faz com que seja difícil comprar qualquer coisa até mesmo com 100 bolívares - a soma, após o agravamento da situação econômica, passou a valer aproximadamente 15 centavos de um dólar americano". A CNN acrescenta que "o fenômeno da inflação muito acelerada obriga os cidadãos venezuelanos a carregarem dinheiro em sacolas, ao invés de carteiras", por motivo do grande volume de bolívares necessários para realizar até mesmo uma compra pequena.

Como exemplos do problema pelo qual os venezuelanos passam, a reportagem cita a compra de calças: "agora, para este produto, é necessário gastar 40.000 bolívares, o que, atualmente, significa ser forçado a carregar 400 notas de cem bolívares". O dado foi exposto por Luis Oliveros, que é professor de Economia da Universidade Metropolitana de Caracas. Fenômenos semelhantes foram registrados da Hungria, na segunda metade do Século XX, na Alemanha, após a primeira guerra mundial, e no Brasil, no final do século passado. A matéria informa que até o final de 2016, a inflação deverá alcançar os 500%, e, em 2017, 1.660%.

Além da grave inflação, a Venezuela passa por uma crise de abastecimento de proporções catastróficas - como medida de racionamento, o regime socialista tenta impor cotas semanais de consumo de bens de consumo básicos para cada família. Alimentos como o arroz, pães e até mesmo óleo de cozinha só podem ser comprados em quantidades pré-estabelecidas pelo governo de Nicolás Maduro. Outros bens essenciais, como o papel higiênico, também estão em falta na nação que segue o "socialismo bolivariano". O regime fundado por Hugo Chávez tentou estabelecer políticas agrícolas com a finalidade de aprimorar o fornecimento de alimentos, como campanhas de criação de fazendas estatais, mas os projetos não conseguiram atenuar a crise alimentar. Neste ano, a ONG Anistia Internacional emitiu comunicado denunciando o governo venezuelano pelo uso de trabalhos forçados, instituidos para a maior parte da população com o intuito de amenizar a catástrofe econômica.

Em vídeo - organização Human Rights Watch denuncia crise alimentar na Venezuela:



Mais sobre o tema - Venezuela institui regime de trabalhos forçados para conter crise alimentar:

sexta-feira, 2 de dezembro de 2016

Odebrecht pagará R$6,7 bilhões por escândalos

A construtora Odebrecht pagará R$6,7 bilhões em acordo de leniência, ao longo de 23 anos, para compensar os desvios nos quais a companhia se envolveu nos esquemas de corrupção investigados pela Lava Jato. A empresa também emitiu nota como forma de pedido de desculpas pelas condutas ilícitas nas quais atuou - a organização foi acusada de obter favorecimento ilegal através de políticos que atuavam como lobistas, dentro do Poder Executivo. Outras grandes construtoras de envolveram nos esquemas - alguns deles, como a entrega de imóveis a importantes lideranças políticas, ganharam notoriedade nacional: os exemplos mais citados foram o apartamento triplex, no litoral de São Paulo, e o sítio no município de Atibaia, no interior paulista.

A Odebrecht, através de acionistas e executivos, assinou, nesta semana, o acordo de leniência com o Ministério Público que deverá entregar a quantidade expressiva de recursos aos cofres públicos. A companhia ressaltou que pede desculpas pelo escândalo: através de suas comunicações oficiais, a organização reconhece que "participou de práticas impróprias em sua atividade empresarial". A construtora acrescentou que "foi um grande erro, umaa violação de nossos próprios princípios, uma agressão a valores consagrados de honestidade e ética. Não admitiremos que isso se repita".

Em 2012, conforme a revista Exame, a Odebrecht foi considerada uma das maiores empregadoras do Brasil. A companhia também foi considerada uma das maiores do setor privado - atualmente, a maior empresa do Brasil, em valor de mercado, é o banco Itaú. A organização, assim como as demais consrutoras de grandes proporções, se beneficiou enormemente da expansão do mercado de construção civil, ao longo da década de 2000 e dos primeiros anos da década de 2010. Em 2015, as ações da gigante da construção sofreram desvalorizações importantes, em decorrência dos problemas que levaram aos atuais pedidos de desculpa, e hoje a companhia se esforça para melhorar sua imagem perante o público nacional. Todavia, a empresa continua sendo uma das maiores do setor privado no Brasil, e também possui grande atuação em outros países.

Até junho de 2016, a Operação Lava Jato conseguiu devolver cinco bilhões de reais aos cofres públicos. Com a efetivação do atual acordo, a quantia-recorde praticamente irá dobrar os recursos somados ao patrimônio do Estado brasileiro pela força-tarefa, o que poderá, ao longo dos próximos anos, ajudar a diminuir o impacto da  crise de endividamento.

Sobre o tema - Rádio Jovem Pan discute acordo com pagamento-recorde:

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